O Perfume



Saudações pessoas.

Como essa é minha primeira postagem no Guerra no Papel, não podia deixar de fazer um pequeno texto sobre um filme que muito marcou minha existência até aqui e que mudou a minha percepção sobre alguns parâmetros das convenções sociais as quais pertencemos.


"O Perfume", um filme baseado no livro do autor alemão Patrick Süskind chamado "Das Parfum, die Geschichte eines Mörders", tradução literal em português, O Perfume, História de um Assassino.






Vamos lá, num primeiro momento, o filme se trata de uma história se passa na França, a terra dos perfumes. O protagonista, Jean-Baptiste Grenouille, nasceu no meio de tripas de peixe atrás de uma banca, onde a mãe, que algumas semanas depois foi executada por infanticídios, vendia peixe. Grenouille possui duas características excepcionais: ele não possuía cheiro próprio e possuía olfato e memória aguçadíssimos, o que fazia com que ele pudesse reconhecer odores de longe e guardá-los em sua memória.


Durante a sua vida teve vários acidentes e doenças, trabalhou como aprendiz de curtidor de peles e depois como aprendiz de perfumista e, graças às suas características, enquanto foi aprendiz de perfumista aprendeu várias técnicas para a criação de um perfume.




Grenouille um dia encontra uma jovem, com um perfume totalmente diferente de todos os outros milhares de perfumes que ele guardava na memória, e acabará por matá-la, com as suas próprias mãos, de tanto desejar apoderar-se do seu odor. Mas, esta jovem é apenas uma das muitas jovens que o protagonista acaba por matar (26 no total). Ele então, utilizando as técnicas que aprendera como aprendiz de curtidor de peles e perfumista, retirava a "essência" das moças em busca do perfume perfeito.

No final da história, Grenouille volta a Paris e é partido aos bocados e comido por pessoas devido ao efeito do perfume que tinha cirado e passado em si mesmo: um final trágico para o protagonista.

Ok, ok. Uma história no mínimo estranha e digna de clássicos do horror, certo? Não pra mim. Minha professora gorda de português nos ensinou certa vez que devemos enxergar as coisas pelas entrelinhas. Nem sempre a história está no texto. 
Vejamos por outra ótica então. Quando convivemos com as pessoas, estamos lidando com sua personalidade. E no meu conceito, a pessoa está na sua essência, não naquele pedaço de carne que vemos passar pelas ruas todos os dias. O valor da pessoa está no seu "perfume". E naquela sociedade tão horrenda que o jovem vivia (meio parecida com a que vivemos hoje, não?), o autor tentou nos mostrar de uma forma chocante que, o que realmente vale, não é a carne, nem o físico, nem o material. O valor da vida está na essência que damos a ela. E assim, fica a mensagem. Que possamos extrair o perfume bom de cada coisa agradável que vivermos. Que a gente faça o melhor perfume do mundo. E que nossa essência se espalhe por aí. 

Saulo Bahia Grenouille




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